30 de maio de 2010

Dica de Sambista!!! Imperdivel....

Poucas vezes vi uma roda de samba tão animada como encontro todas as sextas feiras no Largo de Santa Cecíla, no centro da boa e velha cidade da garoa, formada por amantes do samba, os bambas se reúnem na praça, nos fundos da Igreja da santa padroeira do bairro paulista, tão logo a missa das 19hs termina o samba começa, e por isso o grupo é conhecido como Filhos da Santa.

Todas as vezes que lá estive, e olha que estou virando freqüentadora assídua, encontrei um samba de muita qualidade, só gente boa reunida, instrumentos delicadamente afinados e tocados com maestria, a cuíca tocada pelo grande Kico, parece encantar a todos, não há quem não comente, a delicadeza e suntuosidade de seu som!
 
Num clima de muita alegria, amizade e descontração a praça vai sendo tomada pelos Filhos da Santa, não só os músicos que assim são denominados, mas também apreciadores da roda, todos Filhos da Santa!
A roda fora fundada por um dos baluartes do samba paulista, Helio Romão de Paula, o Tio Helio Bagunça, que no carnaval de 2010 foi homenageado pelo grupo, que forma o Bloco Carnavalesco Filhos da Santa, desfilando pelas ruas da Santa Cecilia, fazendo o bairro todo tremer e se emocionar....


Helio Bagunça 1935 -2007

O largo é rodeada por pequenos butécos, com mesinhas espalhadas por toda a praça,onde as pessoas se reúnem para o tradicional happy hour de sexta feira, portanto por volta das 18:30hs o agito começa a acontecer, uma hora mais tarde você já pode ver os músicos se reunindo, afinando os instrumentos, e arrumando a roda, pasmem embaixo de uma árvore, em meio a nossa selva de concreto, é muito gostoso acompanhar os preparativos para o inicio do samba, cabrochas fiéis se posicionam pois são responsáveis pela beleza e encantamento da roda, afinal sem elas cadê a inspiração desses sambistas ??? E são responsáveis também pelo coro e por puxar a platéia para acompanhar a percussão na palma da mão!



Cerveja geladíssima a preço muito honesto, e pequenas porções também são encontrados ali para acompanhar a alegria e a devoção ao samba, cenário perfeito em meio ao agito de São Paulo de 2010 com cara, gosto e som de São Paulo antigo

Eu me tornei devota da Santa e não podia deixar de contar isto para vocês.... !!!!

Para conhecer um pouco mais do trabalho dos Filhos da Santa http://filhosdasanta.ning.com/





Em nosso Flickr você pode acompanhar todas as fotos de minhas visitas ao samba
http://www.flickr.com/photos/historiasdomeusamba/


Filhos da Santa

Todas as sextas-feiras
A partir das 20hs
Largo de Sta Cecilia – Centro /SP
Grátis


Nessa Ratti
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20 de maio de 2010

Dica de Sambista !!

   
   Para quem gosta de boa leitura e é amante do samba , este é um livro inperdivel, veja os comentarios feitos sobre ele no Jornal do Brasil:

Chega às livrarias em maio, editado pela LeYa, “Histórias das minhas canções”, do compositor Paulo César Pinheiro. O autor selecionou 65 canções, em meio à sua vastíssima produção, para revelar histórias guardadas além das letras e das melodias. Juntas, elas compõem a linha mestra da obra de Paulo César e ilustram também importantes páginas da história da música popular brasileira.
Paulo César Pinheiro, compositor prolífico, de mais de 1000 músicas gravadas num universo de 2000 compostas, possui uma trajetória peculiar. Sua gama de parceiros vai de Pixinguinha a Lenine, passando por João Nogueira, Baden Powell, Joyce, Tom Jobim, D. Ivone Lara - para citar poucos. Ao longo de mais de 40 anos de carreira – iniciada profissionalmente com a gravação de “Lapinha” por Elis Regina, em 1968 – conviveu com outros grandes nomes da MPB, intérpretes, arranjadores, músicos, poetas. Participou dos populares festivais de música da década de 60; acompanhou o surgimento da bossa nova, a evolução das escolas de samba, a censura sistemática à música e o esforço, também constante e intenso, para superá-la.


Numa linguagem informal, como se batesse um papo com o leitor numa mesa de bar, Pinheiro vai desfiando deliciosas histórias que envolvem algumas de suas músicas mais conhecidas.

Generoso, o poeta compartilha intimidades da criação e as idiossincrasias do compositor – que não gosta de fazer parceria com quem não conhece, por exemplo. Descreve as muitas formas pelas quais os caprichosos deuses da música se expressam - e essa variedade de manifestações, contadas em minúcias, consiste em mais uma qualidade do livro. Nele, o leitor acompanhará detalhes sobre a canção que demorou 20 anos para ser concluída; a que surgiu na mente quase inteira (como se fora uma mensagem recebida misteriosamente), canções que foram fruto de desafios; outras feitas durante longos períodos - em um trabalho semelhante à carpintaria das letras, da descoberta da melodia por trás das palavras e vice versa.

Leitura mais que aprovada e recomendada por mim

Um grande beijo

Nessa Ratti
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